Em 18 e 19 de Janeiro de 2013, Portugal Continental foi afetado por uma depressão muito cavada com origem numa ciclogénese explosiva. Esta depressão, a que foi atribuído o nome “Gong”, atingiu valores de pressão na ordem dos 970 hPa e resultou num temporal com rajadas de vento de aproximadamente 130 km/h, tendo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera lançado um alerta vermelho para a generalidade do território nacional.

O centro da depressão terá feito o seu landfall (entrada em terra) na zona de Viana do Castelo e os ventos mais fortes ter-se-ão feito sentir no litoral entre Aveiro e Leiria.

Na tarde de Sábado, dia 19, as consequências do ciclone começaram a revelar a sua verdadeira dimensão: centenas de árvores partidas ou arrancadas (muitas das quais acabaram em cima de carros, casas, cabos elétricos ou estradas), sinais de trânsito no chão, caixotes do lixo virados, estradas interrompidas, coberturas de telhados arrancadas, antenas caídas, falhas generalizadas na eletricidade e nas redes telefónicas fixas e móveis.

No Pinhal do Rei, as consequências devastadoras da tempestade foram, aos poucos, chegando às redes sociais.

Na contabilidade final, registar-se-iam cerca de 63.000 árvores tombadas, estradas florestais fechadas durante largos meses e o desaparecimento de várias árvores notáveis, nomeadamente aquele que era considerado o pinheiro bravo de maior perímetro da Península Ibérica.