António Arala Pinto (Ovar, 13 de outubro de 1888 – Lisboa, 30 de março de 1959) foi um Engenheiro Silvicultor, chefe da Circunscrição Florestal da Marinha Grande entre 1927 e 1957.
Ao longo dos mais de 30 anos que dedicou ao Pinhal do Rei, Arala Pinto notabilizou-se pelas profundas modernizações que aqui implementou. A ele se devem:
- o estudo de novos métodos de resinagem,
- a construção de 70 km de estradas florestais,
- a construção de trilhos para o movimento de guardas florestais em bicicleta,
- a construção de fontes e poços,
- a renovação dos pontos de vigia,
- a remodelação do viveiro do Tremelgo,
Mas foi, sobretudo, a sua paixão e dedicação ao Pinhal do Rei, que marcaram o seu trabalho. A Arala Pinto se deve aquela que é, ainda hoje, a maior obra literária dedicada ao Pinhal de Leiria: “O Pinhal do Rei – Subsídios“.
Trata-se de um livro de uma riqueza ímpar que demonstra, não só, os profundos conhecimentos técnicos do autor, mas que revela, também, as suas preocupações sociais e humanas.

Sumário de “O Pinhal do Rei” de Arala Pinto
Efetivamente, Arala Pinto não se limitou a deixar a sua marca no Pinhal do Rei. A sociedade marinhense da primeira metade do século XX marca a sua obra literária de forma indelével. As crises vidreiras, as condições de vidas dos operários e dos trabalhadores que tinha a seu cargo são preocupações constantes ao longo da sua longa carreira.
Em 20 de julho de 1948, Arala Pinto apresentou, na Sociedade de Ciências Agronómicas, uma conferência intitulada “Surpresas e Ensinamentos colhidos no Pinhal de Leiria“, cujo texto aqui partilhamos na íntegra.